As novas vozes femininas em língua portuguesa falam de tudo e mais alguma coisa.
Rita Lee
(A bacana roqueira maior,Rita Lee (São Paulo, 31 de dezembro de 1947), é uma cantora, compositora, instrumentista, atriz, escritora e ativista )
Amor e Sexo
Amor é um livro
sexo é esporte (desporto pt)
sexo é .................
amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
amor é novela
sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
amor é prosa
sexo é poesia
O amor nos torna patéticos
sexo é uma selva de epiléticos
Amor é cristão
sexo é .................
amor é latifúndio
sexo é ....................
amor é divino
sexo é animal
amor é bossa nova
sexo é carnaval
Amor é para sempre
sexo também
sexo é do bom...
amor é do bem...
Amor sem sexo,
é ...........................
sexo sem amor,
é ......................
Amor é um
sexo é dois
sexo antes,
amor depois
Sexo vem dos outros,
e vai ...........................
amor vem de nós,
e ..............................
Amor é cristão
sexo é ............................
amor é latifúndio
sexo é ............................
amor é divino
sexo é animal
amor é bossa nova
sexo é carnaval
Amor é .....................,
sexo é aquilo
e coisa e tal...
e tal e coisa...
Poetisa de Setúbal muito popular na "blogosfera" e subversiva autora de três livros de poemas: "Erotismo na cidade", "Palavras mutantes" e "Encandescente".
“Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”
Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.
Encontraram-se num jardim num dia aprazado
Um dia final, de um mês qualquer.
Ela riu:
- Estás ridículo nesse fato. Mas era o combinado.
Ele disse:
- E tu és só camisola e gola alta. Como tinhas prometido.
Sentaram-se num banco ao acaso
Porque o acaso os juntara
No acaso caminharam
E o acaso os levara àquele banco, áquele jardim
Onde trocando vidas riram dos sucessos e riram dos fracassos
E riram dos medos e das perdas
E das esperanças e das desilusões
Ele apertado num fato caro, a viola ao lado
Ela camisola de gola alta e caneta na mão.
Trocaram também silêncios porque a amizade
Não é só feita de palavras
Mas de compassos
De dar tempo ao tempo
De sabe esperar.
Ela disse:
- Anoiteceu, está lua cheia! Como tínhamos combinado.
Ele respondeu:
- Pedi hoje à lua o brilho como te tinha prometido.
E juntos caminharam até à ponte acordada
Onde entoaram trovas à lua
Cantos de vida
Gritos de revolta
Ele de fato novo e uma viola que ria
Ela de gola alta e caneta arma na mão.
E a noite era deles, porque única, prometida
Porque era a noite de rindo de si
Rir da vida
Porque era a noite de soltar pranto
Grito e voz.
E a cidade parou para ouvir o canto
E a cidade surpresa olhou com espanto
Quem ousava quebrar o silêncio da cidade morta
Quem se suspendia na ponte que separa as margens
Entre a vida igual e a vida prometida.
E em baixo o rio era corrente contínua
Nunca antes quebrada, inalterável, monótona.
E na ponte prometida olharam a corrente
E na ponte prometida deram um passo em frente
Ele de fato novo, ela de gola alta.
E no dia seguinte a cidade viu assombrada
No rio parado que separa as margens contínuas da vida
Um fato novo que tocava uma guitarra
E uma camisola cara empunhando uma caneta e dizendo palavras
inauditas.
Nunca se encontrou quem a roupa vestiu
Quem no banco do acaso ao acaso se sentou
Quem com um passo em frente ousou rindo da vida
Rindo de si
Parar o rio
Quebrar as correntes
Estender a mão
E guardar liberdade.
Onde entoaram trovas à lua
Cantos de vida
Gritos de revolta
Ele de fato novo e uma viola que ria
Ela de gola alta e caneta arma na mão.
E a noite era deles, porque única, prometida
Porque era a noite de rindo de si
Rir da vida
Porque era a noite de soltar pranto
Grito e voz.
E a cidade parou para ouvir o canto
E a cidade surpresa olhou com espanto
Quem ousava quebrar o silêncio da cidade morta
Quem se suspendia na ponte que separa as margens
Entre a vida igual e a vida prometida.
E em baixo o rio era corrente contínua
Nunca antes quebrada, inalterável, monótona.
E na ponte prometida olharam a corrente
E na ponte prometida deram um passo em frente
Ele de fato novo, ela de gola alta.
E no dia seguinte a cidade viu assombrada
No rio parado que separa as margens contínuas da vida
Um fato novo que tocava uma guitarra
E uma camisola cara empunhando uma caneta e dizendo palavras
inauditas.
Nunca se encontrou quem a roupa vestiu
Quem no banco do acaso ao acaso se sentou
Quem com um passo em frente ousou rindo da vida
Rindo de si
Parar o rio
Quebrar as correntes
Estender a mão
E guardar liberdade.
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