segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Apoio psicologico ensino superior

Índice 1. Proposta de atuação para os Serviços de Psicologia na Educação Superior .............................10 2. Estruturação de um Programa de Intervenção Psicológica na Educação Superior: contribuições do Brasil e de Portugal........................................................................................20 3. Modelo de intervenção psicopedagógica no ensino superior: as 5 Etapas(?)............................31 4. Caracterização do Gabinete de Apoio Psicológico e Empreendedorismo Social dos Serviços de Ação Social da Universidade da Beira Interior – Inovar com mais Responsabilidade Social............................................................................................................42 5. “Como Lidar com Dificuldades Académicas” - Aplicação e avaliação do Ciclo de Formação...................................................................................................................................53 6. Grupos de gestão de stress e relaxamento no ist: Uma abordagem gestáltica...........................60 7. Percurso e vivência académica dos alunos dos Palop ...............................................................71 8. Criatividade e autoconceito em estudantes do ensino superior.................................................81 9. Supervisão do processo de ajuda em Residências Universitárias..............................................94 10. A psicologia no ensino superior: intervenções clínicas e não clínicas................................... 103 11. Sonolência diurna e saúde de estudantes universitários......................................................... 120 12. A autoeficácia na transição para o ensino superior ................................................................ 127 13. Desenvolvimento de competências psicossociais: Uma experiência de intervenção em grupo ...................................................................................................................................... 136 14. Treino de habilidades de vida: Uma experiência pedagógica ................................................ 146 15. Estratégias de controle dos comportamentos de risco no ensino superior ............................. 153 16. A sexualidade e os perigos do desconhecimento em jovens estudantes................................. 163 17. Comportamentos, Dificuldades e Queixas de Sono Relatadas por Universitários: Dados de 1654 Estudantes da UA ..................................................................................................... 177 18. Implementação de um programa de educação de sono em universitários da UA: Caracterização e resultados preliminares............................................................................... 183 19. Criação de uma consulta de sono no âmbito das consultas de psicologia da UA: Apresentação e primeiros dados............................................................................................. 189 20. Competências Transversais: Perceção de estudantes do 1º ano do ensino superior............... 196 21. A vida na residência universitária como amortecedor das adversidades................................ 207 22. Promoção de ambientes saudáveis na formação Superior: uma revisão crítica ..................... 216 23. Intervenção na ansiedade dos estudantes do ensino superior. Programa Psico-educativo versus Biofeedback ................................................................................................................ 227 24. Construção de uma ponte com a comunidade exterior à universidade: Prós e contras da abertura de um serviço de consulta psicológica ao exterior - A experiência do Serviço de Consulta Psicológica da Universidade da Madeira ........................................................... 237 25. Características Psicológicas dos Talentos - ACT – Aconselhamento de carreira nos talentos - uma nova valência do SCP UMA........................................................................... 245 26. Em que diferem as boas práticas académicas dos estudantes portugueses e espanhóis? ....... 255 27. Reflexões sobre pedagogia no ensino superior: Implicações do ensino para a aprendizagem ......................................................................................................................... 269 28. A prática do Mindfulness num Programa breve de ajuda para estudantes que têm ansiedade a exames ................................................................................................................ 282 29. Consultas de Psicologia nos Serviços de Ação Social da Universidade de Aveiro ............... 290 30. Tomei umas consultas e já me sinto melhor ou a eficácia da intervenção psicoterapêutica na redução precoce da sintomatologia......................................................... 300 31. Intervenção psicoterapêutica com estudantes do ensino superior com Necessidades Educativas Especiais.............................................................................................................. 310 32. A Contratransferência do Psicoterapeuta no Contexto actual do Apoio Psicológico no Ensino Superior...................................................................................................................... 320 33. Um ponto de partida… um ponto de chegada: conhecer para melhor intervir na Residência Universitária ........................................................................................................ 328 34. Vivências académicas, competências pessoais e saúde mental em estudantes de ciências da saúde.................................................................................................................................. 337 35. Voluntariado no Ensino Superior: Oportunidades para a mudança no desenvolvimento psicológico ............................................................................................................................. 348 36. Declaração de Bolonha e Ensino Superior: Implicações no processo de “orientar-se” dos jovens universitários e na atuação dos/as psicólogos/as no contexto da intervenção psicológica vocacional. .......................................................................................................... 361 37. SOS-ENSINO SUPERIOR .................................................................................................... 371 38. Identificação e coping com o stress numa actividade de promoção da saúde........................ 375 39. Percepção de educadores sobre dificuldades acadêmicas de estudantes ingressantes: estudo em instituições brasileiras privadas de ensino superior .............................................. 380 40. O desenvolvimento de carreira no ensino superior: um relato de intervenção para alunos da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) – Brasil.............................................. 391 41. Sintomatologia Dissociativa e Psicopatológica em Estudantes do Ensino Superior: A influência do Avaliador.......................................................................................................... 400 42. Prevalência de Comportamentos de Cyberbullying e a sua Relação com Vivências de Vergonha e Estados Emocionais Negativos........................................................................... 410 43. Psicólogo e professor? Relações duais no ensino superior .................................................... 419 44. Gabinete de Apoio Psicológico do Instituto Superior Miguel Torga ..................................... 429 45. Estudio y análisis de materiales, recursos y actividades formativas como herramientas imprescindibles en la prevención de riesgo para la salud en el alumnado de la enseñanza superior en las Universidades de Huelva (españa), Algarve (portugal) y el Instituto Politécnico de Beja (portugal)................................................................................................ 438 46. Sono-Vigília e Psicopatologia em Estudantes do Ensino Superior........................................ 444

Maneiras de ser um professor/aluno eficaz


Sobre a ilustração e o texto que aparece mais abaixo aplica este vocabulário encontrando a possível explicação a cada uma das 27 maneiras com as suas palavras:



chave    contactar
Leccionar   música  ler
Socializar  desafiar
Recompensar    atingir
Experimentar  arte
globalizar  apagar comer
Perguntar encobrir
Ferramentas dormir
tirar Ancorar
crescer      energizar   
Encorajar      falar  Voz

Investigar      Ligar  



Como aumentar a tua plasticidade cerebral e controlar o stress nas aulas

Mindfulness (Atenção plena) em contexto educativo

Os neurocientistas têm demonstrado que o nosso cérebro é “moldável” e que esta plasticidade cerebral é maior durante o período de crescimento das crianças, por isso fornecer-lhes ferramentas que as ajudem nesta fase da vida a compreenderem-se melhor a si próprias e aos outros e a obter um maior bem-estar pode ter um maior impacte no seu bem-estar e saúde mental no futuro, na idade adulta.

Diagnóstico
Hoje em dia as salas de aula tendem a ser um espelho daquilo que se vai passando na sociedade, tanto de positivo como de negativo, com predominância para a negatividade, que mina as relações, tanto consigo próprio, como com os outros. Há um leque de condições que influenciam negativamente as famílias, onde se incluem as crianças e jovens, como por exemplo desemprego, dificuldades financeiras, divórcios, doenças físicas e mentais, depressões, vícios, dependências e violência sob várias formas, entre outras.
(...)
Alunos e professores carregam consigo para a escola as experiências e vivências do seu quotidiano, tornando-se muito difícil que estas não condicionem o que se vai passando dentro da sala de aula. Aliado a estas condições está o stress enfrentado tanto pelos alunos, assim como pelos professores e pelos pais, que se debatem diariamente com tensões e preocupações decorrentes, frequentemente, da pressão que se vive no ambiente escolar, demasiado orientado para o sucesso educativo. Nas salas de aula os alunos estão mais desatentos, desconcentrados, desmotivados, sem gosto pela aprendizagem, o que leva a que os professores se sintam também eles próprios desmotivados relativamente à profissão e tensos nesta relação com os alunos e com os pais. Os problemas comportamentais aumentam e consequentemente a violência, seja ela física ou verbal, tende também a aumentar. A qualidade das aprendizagens decai, originando fracos resultados académicos e proporcionando um sentimento de ansiedade e de mal-estar geral.
Além disso, os adultos estão sempre a dizer às crianças para prestarem atenção mas nunca lhes ensinam como isso se faz [nem elas sabem!]. O ritmo instável do mundo moderno, as múltiplas tarefas para realizar, as distrações que diariamente bombardeiam as mentes dos mais pequenos (e dos crescidos também…) como os telemóveis, a internet, a televisão,… tornam ainda mais difícil que consigam estar conscientes das suas ações físicas, verbais e mentais. Tal como diz B. Allan Wallace, vivemos no mundo do défice de atenção e hiperatividade.

Que terapêutica?
O interesse pelo conceito de mindfulness no Ocidente teve início, em 1979, com o trabalho de Jon Kabat-Zinn, ao aplicar práticas de mindfulness com os seus pacientes, para minimizar os efeitos das doenças e dores crónicas, no seu programa de MBSR (Mindfulness-Based Stress Reduction), redução do stress baseado em mindfulness. Kabat-Zinn (2003) define mindfulness como a consciência que emerge ao prestar atenção intencionalmente, no momento presente e sem julgamentos, à experiência que desabrocha. A primeira parte desta definição exprime a ideia de ser um processo ativo, uma vez que envolve um acto de atenção consciente; a segunda parte realça que diz respeito ao presente, em vez de se ligar ao passado ou ao futuro; a terceira parte enfatiza a aceitação do que surge, sem pensar se é bom ou mau, certo ou errado, importante ou não (Hooker e Fodor, 2008).
O conceito de mindfulness experimenta atualmente uma enorme popularidade no mundo ocidental, com especial destaque para os Estados Unidos da América, mas esta tendência está já a alargar-se a muitos outros países. Cientistas e académicos têm demonstrado o seu crescente interesse por este conceito e proliferam os estudos, teses e publicações sobre as mais diversas aplicações que o mesmo pode assumir, desde o campo da saúde e da justiça, até à política e à educação, debruçando-se também esses estudos sobre os potenciais impactes que a prática de mindfulness pode ter na vida das pessoas.
Prova desta expansão é o Mindfulness Research Guide (Black, 2010), uma base de dados referencial que agrega as publicações produzidas nos últimos quinze anos na área de mindfulness. Como refere Burke (2010), a crescente investigação acerca da utilização de mindfulness com adultos sugere que se revela eficaz na promoção da saúde mental e do bem-estar. Este interesse nas abordagens baseadas em mindfulness estende-se agora às crianças e adolescentes, embora a investigação esteja ainda numa fase preliminar. De acordo com a mesma autora, a atual base de investigação fornece suporte para a viabilidade de intervenções baseadas em mindfulness com crianças e adolescentes, embora não haja evidências empíricas generalizadas sobre a eficácia destas intervenções.
Uma meta-análise efetuada por Durlak et al. (2011) sobre 213 estudos científicos, conclui que os programas de aprendizagem socio emocional têm efeitos positivos nas atitudes em relação a si próprio, aos outros e à escola, configurando-se como um caminho essencial para a promoção da saúde e bem-estar dos jovens. Muitos desses programas incluem práticas contemplativas, tais como as de atenção plena.
A revisão de literatura efetuada por Burke (2010) aborda intervenções baseadas em práticas de meditação mindfulness e a sua aplicabilidade a crianças e adolescentes, nomeadamente Mindfulness-based Stress Reduction e Mindfulness-based Cognitive Therapy. Estas intervenções incluem sessões semanais em grupo, prática regular em casa e práticas formais (meditação sentada e em movimento, por exemplo) e informais, sendo que nestas últimas o objetivo é que os participantes tragam a sua atenção conscientemente para atividades diárias (por exemplo: comer, tomar banho, lavar os dentes, etc.). Recomenda-se que as sensações físicas do corpo e da respiração sejam utilizadas como «âncoras» da atenção, quando a mente se dispersa.
Todas as publicações revistas por esta autora sobre a aplicação de intervenções baseadas em mindfulness debruçam-se sobre práticas contemplativas seculares, em amostras clínicas e não-clínicas de crianças e adolescentes, desde o pré-escolar ao ensino secundário (dos 4 aos 19 anos). A autora verificou que todos os estudos investigaram a viabilidade e aceitação das intervenções, concluindo que foram aceites e bem toleradas pelos participantes. Verificou-se também a importância de os programas de intervenção serem adaptados à idade dos participantes, tendo em conta as suas capacidades e necessidades, assim como a importância de os professores se envolverem e beneficiarem eles próprios de atividades baseadas em mindfulness, para que as intervenções sejam mais eficazes.
Os resultados dos estudos indicam também que os exercícios de mindfulness, desde que apropriados à idade, são passíveis de ser utilizados com crianças, mesmo durante o período pré-escolar, e que esses exercícios podem promover o desenvolvimento saudável da autorregulação, o que tem implicações no desempenho escolar e no desenvolvimento social e emocional (Zelazo e Lyons, 2011).
Greenland (2010) diz que quando praticamos mindfulness vemos a vida claramente, tal como ela acontece, sem carga emocional. Aprendemos a fazê-lo sentindo o momento presente, sem o analisar ou pensar acerca dele, o que exige que aquietemos os nossos pensamentos, emoções e reações. Desta forma poderemos receber a informação proveniente do mundo interior e do mundo exterior e vê-la claramente, sem os filtros das nossas noções preconcebidas. Também Schoeberlein (2009) define este construto como a capacidade de estar presente com e para a sua experiência interior assim como para o ambiente exterior, incluindo os outros.
Greenberg e Harris (2011), na revisão que fizeram do estado da investigação de práticas contemplativas com crianças e jovens, verificaram que as intervenções que estimulam a atenção plena podem ser métodos eficazes para tornar crianças e jovens mais resilientes e que também poderão ser úteis no tratamento de desordens clínicas.
Numa revisão mais recente sobre catorze programas de mindfulness em contexto escolar (Meiklejohn et al., 2012), os autores concluíram que os alunos que frequentaram os mesmos beneficiaram nos planos cognitivo, social e psicológico.

Concluindo
Todos os estudos na área do bem-estar documentam que as nossas vidas aceleradas e em piloto automático estão diretamente relacionadas com o incremento de casos de depressão e perda de autocontrolo.
Os neurocientistas têm demonstrado que o nosso cérebro é “moldável” e que esta plasticidade cerebral é maior durante o período de crescimento das crianças, por isso fornecer-lhes ferramentas que as ajudem nesta fase da vida a compreenderem-se melhor a si próprias e aos outros e a obter um maior bem-estar pode ter um maior impacte no seu bem-estar e saúde mental no futuro, na idade adulta.
Perante todas as evidências que a ciência tem demonstrado, é imperativo despertar desde cedo a dimensão ética do ser humano, mediante o desenvolvimento de qualidades como a empatia e a compaixão, a consciência e a introspecção.
Paradoxalmente, apesar do reconhecimento pelas mais diversas instituições que o desenvolvimento de competências socio emocionais e que o desenvolvimento da atenção e da concentração mediante a aplicação de técnicas de mindfulness poderão ter um papel preponderante no bem-estar geral dos indivíduos, apenas se têm dado pequenos passos neste sentido, em contexto educativo, por parte daqueles que gerem as políticas educativas. Há que apostar fortemente na formação inicial e contínua de professores neste âmbito, assim como criar comunidades de prática, que envolvam alunos, professores, pais, técnicos especializados e auxiliares de educação, de forma a constituírem-se redes de apoio e de partilha onde todos sintam que estão a desenvolver o seu potencial e a ajudar os outros a fazer o mesmo. Há  ainda, portanto, um longo caminho a percorrer!

Bibliografia
BLACK, D. S. (2010), Mindfulness Research Guide (MRG) [obtido em 30 de Junho de 2014, de http://www.mindfulexperience.org/].
BURKE, C. A. (2010), «Mindfulness-Based Approaches with Children and Adolescents: A Preliminary Review of Current Research in an Emergent Field», in Journal of Child and Family Studies, pp. 133-144.
DURLAK, J. A.; WEISSBERG, R. P.; DYMNICKI, A. B.; TAYLOR, R. D.; SCHELLINGER, K. B. (2011), «The Impact of Enhancing Students’ Social and Emotional Learning: A Meta-Analysis of School-Based Universal Interventions», in Child Development, 82, pp. 405-432.
GREENBERG, M. T.; Harris, A. R. (2011), «Nurturing Mindfulness in Children and Youth: Current State of Research», in Child Development Perspectives, 0, pp. 1-6.
GREENLAND, S. K. (2010), The Mindful Child, Nova Iorque, Free Press.
HOOKER, K. E.; FODOR, I. E. (2008), «Teaching Mindfulness to Children», in Gestalt Review, 12 (1), pp. 75-91.
KABAT-ZINN, J. (2003), «Mindfulness-Based Interventions in Context: Past, Present and Future», in Clinical Psychology: Science and Practice, 10, pp. 144-156.
MEIKLEJOHN, J.; PHILLIPS, C., et al. (2012), «Integrating Mindfulness Training into K-12 Education: Fostering the Resilience of Teachers and Students», in Mindfulness, pp. 1-17.
SCHOEBERLEIN, D. (2009), Mindful Teaching and Teaching Mindfulness. Somerville, Wisdom Publications.
ZELAZO, P. D.; LYONS, K. E. (2011), «Mindfulness Training in Childhood», in Human Development, 54, pp. 61–65.

Por Fernando Emídio

És capaz de distinguir as partes do texto e de dar um nome a cada uma?

Recolhe as palavras ou expressões que dão união ao texto, p.ex. "além disso"
Escreve no teu caderno aquelas palavras que contenham uma acentuação diferente à do espanhol, p.ex. cérebro:
Palavras que contenham uma terminação diferente como p.ex. controlO, impactE, ...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Arte urbanA. Banksy

 Atenta nestes grafitis do artista de rua Banksy e explica:
O quê? Com quê? Quem? Para quê? Para quem? Quando? Onde?

Substantivos abstratos: limpeza, agressão, liberdade, largura, sujidade,  reclame, publicidade, prestígio, solidão, protesto, sinal de alarme, comprimento, falsidade, pessimismo, solidariedade, criancice, velhice, agitação, consumismo, ameaça, preto e branco, a cores, 













sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Uma pitada de poesia?


Alguns nunca leram Fernando Pessoa, voz universal da poesia do século XX . Eis temos uma pequena amostra para começar. 
Ainda que a sua poesia e o seu pensamento são muito inteletualizados, neste caso vamos ler uma aparente cena popular, perpassada pelo no sense expressionista e conceitos da geometria, tão do gosto das artes dos anos 20 do passado século. Aliás, Fernando Pessoa foi o criador do movimento literário chamado interseccionismo.

Comboio Descendente

No comboio descendente
Vinha tudo à gargalhada.
Uns por verem rir os outros
E outros sem ser por nada
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...

No comboio descendente
Vinham todos à janela
Uns calados para os outros
E outros a dar-lhes trela
No comboio descendente
De Cruz Quebrada a Palmela...

No comboio descendente
Mas que grande reinação!
Uns dormindo, outros com sono,
E outros nem sim nem não
No comboio descendente
De Palmela a Portimão



Atenção ao uso de "tudo".
*dar trela: fazer conversar, puxar à conversa.
*Reinação: (ant. e pop.) pândega, festa ruidosa, brincadeira.

Encontra elementos geométricos ou futuristas no poema. Lembra, em poesia tudo importa, não só o que se conta.




Música: Zeca Afonso
Letra: Fernando Pessoa

Sabemos descrever a natureza: árvores emblemáticas






Quem gostar de infografias e árvores pode visitar este link da revista Visão e comparar:

http://visao.sapo.pt/conheca-as-arvores-emblematicas-de-portugal=f580832

Modelo de apresentação num blogue


ESTE PODIA SER UM EXEMPLO DE APRESENTAÇÃO NUM BLOG.


TERÇA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2013


O meu nome é Lídia Eanes, tenho 34 anos, vivo em Óbidos e sou casada há 6 anos. Neste momento estou a viver a fase mais bonita da minha vida! Tenho uma princesa de dois meses linda de morrer que enche os meus dias de alegria! Sempre ouvi dizer que os filhos são a melhor coisa do mundo mas agora percebo...quando a minha menina me dá aquele sorriso ao acordar... Tenho uma família linda!! Somos muitos e muito barulhentos mas são o meu porto de abrigo sem o qual andaria à deriva.


Sou bem-disposta, extrovertida, muito faladora (às vezes até de mais...) mas também gosto muito de ouvir. Tenho mau-feitio e sou muito exigente comigo própria e com as pessoas que são importantes para mim. Preocupo-me muito com o que as pessoas pensam e esperam de mim…
Sou ambiciosa apesar de já ter sido muito mais... Acho que foi um efeito secundário da maternidade:)
Detesto e sou péssima em tudo o que tenha a ver com trabalhos domésticos ...desde limpezas a cozinhar... Tenho pena mas não faço muito para mudar :)
Sou viciada no meu telemóvel que funciona como uma extensão do meu braço:) Pareço os
teenagers mas não vivo sem!
Sou financeira numa multinacional... E tanto que podia escrever sobre trabalhar numa multinacional mas não o vou fazer porque ninguém tem culpa das minhas escolhas!! Era jovem não sabia o que fazia!


Se ganhasse o Euromilhões deixava de trabalhar e dedicava-me a ajudar organizações sem fins lucrativos, mas enquanto isso não acontece os meus dias são passados em frente ao PC! Não ligo a moda, mas gosto de roupa, principalmente sapatos que ficam sempre bem.

Neste blog quero partilhar o meu dia-a-dia, alegrias, ideias, brincadeiras, frustrações e reclamações (e como eu sei reclamar!!) e gostava que fizessem o mesmo tornando o meu dia ainda mais rico!


(Texto adaptado)


Faz listados com as expressões (verbos, adjetivos, etc) que se usam no texto para expressar coisas que gostam (1), coisas que se detestam (2), coisas que se desejam (3). Expressões que caracterizam e não entram nas epígrafes anteriores (4).

(1) a fase mais bonita da minha vida,...

(2) Detesto,...

(3) tanto que podia escrever sobre...

(4) preocupo-me muito com

Ditos populares

Quem vaca de el-rei come magra, gorda a paga.

Bocados de literatura: o conto

Uma sugestão de leituras: 






E já agora, uma amostra poética centrifugadoramente expansiva do compilador e coordinador de Os Contos Do Nosso Tempo:


Eu quero tudo,
A luz do Sol,
... O brilho da lua,
E o manto das estrelas,
À noite, no seu lugar
A cintilar;
Eu quero tudo,
O verde viçoso das ervas,
As árvores despidas
E as folhas mortas,
Libertas, no ar
A esvoaçar.
Eu quero tudo,
A jovialidade dos anos,
Sem idade, o seu poder
Mais ao saber e à paz,
Dentro de mim,
A dominar.
Eu quero tudo,
Eu quero mesmo tudo,
Eu quero que a vida seja só,
Uma imensa Primavera, a passar
Porque esse é o querer do poeta,
Querer,
Querer só,
Apenas querer,
Querer, que em tudo
Haja agora só Primavera,
Uma Primavera, que se dá na vida
Com tudo sempre, apenas só, a desabrochar.



Miguel Almeida, O Lugar das Coisas, ed. Esfera do Caos, Abril 2012.

Sempre há onde viver. música brasileira tradicional

SOLUÇÃO ÀS ORDENS DE DESPEJO DE CASAS!





Algumas observações sobre verbos básicos e a sua sintaxe

GOSTAR


Gosto................................... de............................. brinquedos / ti / nadar.
                                   ..........que......................... fechem a porta / eles venham antes....


PRECISAR

Preciso................................de................................dinheiro / ajuda / fazer compras,...
                                    .......que.............................. me faças um favor / eles venham antes....

     (= Surpreendo-me .......da / com a......... decisão tomada.
         Surpreende-me    ......que....... eles deixem a casa aberta.
         Lembro-me .......de/do......... ti,  teu dia dos anos
                             .........que.......... tens as malas por fazer.

       Duvido .....................das.........ideias do irmão.
                                 .......que....... eles queiram vir.)

IMPORTAR-SE  (Cfr. IMPORTAR: As palavras importam.)


1.º Importa-me.......................que.............................. faças progressos.
 Ela não se importa.................com............................. ninguém / a falta de ética.

2.º Importa-se.......................de................................ fechar a janela?  / me dar a chave?
                                  ...........que.............................. feche a janela?  / eles venham antes?


 

Analisa:
O que têm em comum as construções que usam a preposição (de, com, etc) face às que usam o que ?















Aqui podes aplicar o que aprendeste:
Podes usar: "que, de, do/a/s ou "com o/a/s"

Não me importo ................. eles venham.
Não te importas ................ subida dos preços.
As plantas precisam …..... mais água.
Importa-se ........ me mostrar os tecidos?
Eles gostam ....... brincar.
Eles precisam ..... nós.
Vocês gostam ...... sempre vos tragam prendas.
Precisamos ............. nos pintem a casa.
Importam-se .........  eu ponha aqui a mala?
Precisas ............ te traga alguma coisa da rua?
Preciso .............  tua irmã.
Ela gosta ...... caminho para a praia.
O pequenino já não se lembra ...... brinquedos.
Nós gostamos .......... nos tragam o pequeno almoço para a cama.
Precisa ...... um xarope para a tosse.
Ela não se importou ..... declarações da amiga.

(Confere com os colegas nas aulas)






Incontinências. Escrita criativa.


Escravo fora do rego, 

quente como o ângulo,

tremente como prego

aninhado em carne. 

Pensamentos adolescentes (Texto com lacunas Presente)

Pratica o Presente:

Preenche com a P1 este texto de um diário.

Pensamentos adolescentes
Estranhas horas tem esta noite, o sono já me encontrou, e eu já encontrei a cama, aconchegado nos meus cobertores, certos pensamentos me cruzam a mente. Algo de único se passa comigo, não .......... de todo lidar com isto, pela primeira vez eu .................. uma piada que uso frequentemente e aplico-a a mim mesmo : “Eu devia vir com livro de instruções!!”
É complicado quando não ..............  as coisas no meu controlo, ainda hoje explodi duas ou três vezes, de forma discreta claro, mas de facto quando não posso mais ...................
A minha vida mudou, já não voltará a ser o que era, portanto eu não me vou lamentar de nada.  .......  abraçar estes desafios que recebi no campo pessoal e profissional.
A parte profissional é fácil, é só me dedicar, e isso eu .............. bastante bem, no campo pessoal é que as coisas mudam, as situações não estão sob o meu controlo e eu para isso não ..............
................  pacientemente uma solução para isto, ou melhor, algum desenvolvimento que me dê o controlo das coisas. Sim, ..............  obcecado pelo controlo de tudo, mas .................  que estou cansado de ser eu a encaminhar sempre tudo, por uma vez na vida eu só queria que a maré me levasse ao meu destino.
1.º Coloca o verbo correspondente na P1 do Presente:
Ser, ir, confessar, sentir, saber, fazer,  aguardar,  explodir, servir, pegar em.

2.º Agora passa o texto à P2. Atenta aos pronomes também.

Redigir: relações entre frases

Eis alguns conetores básicos que nos podem ajudar a construir textos.
Estão dispostos pelo tipo de significado que acarretam:

Adicionam: E, ALÉM DISSO, POR UM LADO.... POR OUTRO,

Certeza: CERTAMENTE, É EVIDENTE QUE, DE FACTO,

Concluem: EM CONCLUSÃO, PORTANTO, ENFIM, AFINAL,

Duvidam: TALVEZ, É PROVÁVEL, SE CALHAR,

Expressam a causa: PORQUE, POR CAUSA DE, JÁ QUE,

Expressam a consequência: POR TUDO ISTO, DE TAL MODO QUE, ASSIM

Expressam a finalidade: PARA ISTO, DE MODO A, COM O OBJETIVO DE,

Chamam a atenção: NOTE-SE QUE, ATENTE-SE QUE

Enfatizam, ampliam: EFETIVAMENTE, COM EFEITO, NA VERDADE

Expressam a opinião: EM MINHA OPINIÃO, A MEU VER, PARECE-ME QUE

Opõem, restringem: MAS, NO ENTANTO, APESAR DE,

Reformulam: ISTO É, QUER DIZER, MELHOR DITO, POR OUTRAS PALAVRAS

Introduzem um exemplo ou tema: QUANTO A, POR EXEMPLO, A RESPEITO DE, POR FALAR EM,

Confrontar, comparar: FACE A, ENQUANTO QUE,



Lê o texto a seguir e coloca as seis expressões que aparecem abaixo no espaço ponteado correspondente:


É uma honra ter sido convidada a participar nesta conferência e estar novamente com colegas e amigos portugueses. ......................, gostaria de avisar que as ideias e observações que hoje trago são baseadas principalmente na minha própria experiência e estudos produzidos na América do Norte. ................... estas ideias poderão não se aplicar totalmente aos vossos contextos, com as diferentes tradições que influenciam o vosso trabalho. .................., deixo ao vosso critério a forma como estes  princípios poderão ser aplicados às vossas próprias realidades.

........................, devo acrescentar que a experiência de trabalhar com os nossos colegas profissionais de Educação de Infância, em muitos países, sugere que estes têm muito em comum e que se compreendem muito mais facilmente – .................. ainda melhor – do que compreendem ou são compreendidos pelas entidades oficiais dos seus próprios países. .................., a natureza do nosso trabalho, dos nossos papéis e responsabilidades são determinantes mais poderosos das nossas concepções e crenças, do que dos sistemas nacionais e contextos culturais em que trabalhamos.
Texto modificado. Fonte:http://www.eselx.ipl.pt/ciencias-sociais/ACCM_I_1.htm
"antes de começar"
"assim"
"considero que"
"por outras palavras"
"no entanto"
"talvez"


.......................................................................................................


Leituras em Diagonal


Sabes o que é Leitura Diagonal? A leitura em diagonal  é uma observação “por alto” do material escrito, com o objetivo de formarmos rapidamente uma ideia global do seu conteúdo. Em meio de uma sociedade que nos bombardeia milhares de informações por segundo é necessário apreendermos o essencial para não ficarmos para trás.
A Leitura Diagonal mostrará o essencial do que estou lendo, ouvindo e vendo por aí.  Lógico, o que é importante para mim, pode não ser para si.  Por isso sempre comente e diga o que gostaria ou esperava de ler, ou como interpretou o lido pois cada leitura é única.

Já conheces Adriana Calcanhotto?


Ouve a música "Jornal de Serviço".
Isto é uma estrutura cumulativa, um caos mesmo! Mas podes introduzir um conserto, uma ordem.
Agora, distribui os conceitos-objetos do poema em pelo menos seis grupos e dá um nome a cada um.
É possível , força!


Curta brasileira O gigante do papelão




O Gigante do Papelão from Bodhgaya Films on Vimeo.



VOCÊ TEM QUE TER MAIS DE UM SONHO!

 TEM QUE TER VÁRIOS NA MANGA!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Contos populares portugueses (texto com lacunas)

Os Meninos Perdidos (Adolfo Coelho: 1985, p.164,5,6)
- Preenche com os verbos que faltam no tempo que corresponder:

Um pai ................ um filho e uma filha e .................. mandá-los ao mato buscar lenha. Um dia os meninos .................. e perderam-se no caminho. Depois de ............ caminhado muito, avistaram uma luz; ...................-se aproximando e ................ junto da luz uma casa. Entraram e ................  uma bruxa que .................. fritando filhós; a bruxa ............. só um olho no meio da testa, e por isso não ........ logo os meninos. Ora os meninos como ............. com muita fome, tiraram com muito jeitinho as filhós, e a bruxa julgando ser o gato que as tirava, ................
  Sape, gato lambão,
  Logo te .......... o teu quinhão.
E ela ................. a fritar, e os meninos vendo o engano da bruxa, ............... uma gargalhada. Ela então ............ para eles e ...........:
Sois vós, meus meninos? Vinde cá, vinde cá...
................. nos meninos e ....................-os dentro de uma arca de castanhas, r...................-lhes que comessem bastante até ....................... bem gordinhos. Os meninos .................. comendo as castanhas, e a bruxa ............-lhes um dia:
Metei o dedinho pelo buraco da fechadura para eu ver se já estais gordinhos.
Os meninos em vez de m....................... os dedinhos, m.................. o rabo de um ratito que ........... achado na arca. A bruxa ............. ao .....-lo:
Ainda estais muito magrinhos; continuai a comer.
Passado o tempo, ela ................. a dizer outra vez aos meninos  que ......................... ver os dedinhos e eles não .................... remédio senão mostrar-lhos porque já não .............. o rabo do rato.  Então a bruxa ..............-lhes:  Agora já podeis sair da arca, pois já estais bem gordinhos. Depois .......... aos meninos que ............... buscar lenha para aquecer o forno; e ...........-lhes um pão, recomendando-lhes que .................. só o miolo, mas que não o partissem; ............ -lhes também uma cabaça de vinho, dizendo-lhes que o ...................... sem lhe tirar a rolha; .................-lhes mais dois punhados de tremoços, dizendo-lhes que os comessem e ...................... as cascas pelo caminho, para depois se guiarem por elas quando .......................... para casa. (...)